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Suicídio: Estatísticas Mundiais
(Fonte: Organização Mundial da Saúde, 2015)

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Esse é um dos tópicos mais delicados de abordar com segurança porque as taxas de suicídio que chegam à Organização Mundial de Saúde (OMS) são pouco confiáveis, com exceção dos países que levam a sério a prevenção e o acompanhamento da morte voluntária. De um total de 172 países membros, a OMS considera que apenas 60 enviam dados de boa qualidade, na maioria, nações desenvolvidas. E é justamente nos 112 restantes que se encontram 78% dos suicídios registrados no mundo.

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Estima-se que 800 mil pessoas morram desta forma anualmente, uma a cada 40 segundos, o que equivale a 1,4% dos óbitos totais. Cerca de 78% ocorrem em países de renda média e baixa. Segundo a OMS, apenas 28 países possuem estratégia nacional de combate à morte voluntária. A média global é de 10,7 por 100 mil habitantes, sendo 15/100 mil entre homens e 8 entre as mulheres. 

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A região que apresenta os índices mais altos é a Europa (14,1), seguida pelo Sudeste Asiático, com 12,9 suicídios por 100 mil. Quando avaliamos a taxa dos países africanos, que é de 8,8 a cada 100 mil, ou das Américas, 9,5 por 100 mil, fica evidente que há distorções associadas à subnotificação. É o caso do Brasil, cujo índice é considerado baixo, 6,3/100 mil, mas que ainda precisa melhorar a qualidade de seus dados.

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Outro aspecto interessante é a relação entre a morte voluntária e gênero. À primeira vista, os homens são os mais afetados pela morte voluntária, mas não é bem assim. Embora o índice masculino global seja em torno de duas vezes maior, chegando ao triplo em países desenvolvidos, as mulheres tentam em maior quantidade, mas os métodos utilizado pelos homens são mais letais (armas de fogo e enforcamento), o que impacta diretamente os números. Estima-se que pessoas do sexo feminino tentem se matar duas vezes mais que os homens. Portanto, é preciso cautela ao tratar desse tipo de informação.


Os dados mundiais da OMS mostram que 47,9% dos países possuem taxa de suicídio masculino igual ou acima de 15/100 mil, estando 19,5% entre 10 e 14,9/100 mil. Já em relação às mulheres, 46,9% dos países registram índices abaixo de 5/100 mil e 40,7% entre 5 e 9,9/100 mil. 

No Brasil, o índice de mulheres que morreram por suicídio em 2015 foi de 2,7 / 100 mil, enquanto os homens atingiram taxas quase quatro vezes superiores, 9,6 por 100 mil habitantes. Nos Estados Unidos, que registram dados confiáveis, os índices foram de 5,8/100 mil de mulheres e 19,5 de homens, praticamente a mesma proporção em relação ao gênero.

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DADOS OMS

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Os números globais podem ser vistos aqui (em inglês).

Clique aqui para os índices por país (em inglês).

Os dados por gênero estão aqui (em inglês).

Gráfico com os índices homem/mulher por totalidade dos países pode ser acessado aqui.

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Métodos

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A forma como o indivíduo tira a própria vida é intimamente ligada a dois aspectos: fatores culturais e acesso. Como exemplo, nos Estados Unidos, que têm taxa de 14,3/100 mil, o principal método utilizado é a arma de fogo, facilmente adquirida naquele país. Já na Ásia, em especial, nas regiões rurais da China e da Índia, a ingestão de pesticida está em primeiro lugar. Por esse motivo, qualquer estratégia de prevenção deve levar em conta características da sociedade onde será implementada.

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Dados e taxas de suicídio entre homens e mulheres no mundo

Taxas de suicídios (total homem/mulher 2015)

Fonte: OMS

world suicide rates by gender

Taxas de suicídios (relação homem/mulher 2015)

Fonte: OMS

Distribuição das taxas de suicídios homem/mulher pela totalidade de países (2015)

Fonte: OMS

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